Em teoria musical nõs usamos a palavra intervalo quando falamos sobre uma diferença de tom entre duas notas. Nós denominamos intervalos harmônicos se dois tons soam simultaneamente e intervalos melódicos se eles soam sucessivamente.
Nomes de intervalos consistem de duas partes. Alguns exemplos são "terça maior" e "quinta justa". No "Harmony", de Walter Piston, as duas partes são denominadas o nome específico e o nome geral. A Wikipedia fala sobre qualidade do intervalo e número do intervalo.
Você obtém o nome geral contando os passos na pauta, ignorando qualquer acidente. Então se o intervalo que você quer vai de E a G#, então conte 3 (E F G) e observe que o nome geral é terça.
O nome específico diz o tamanho exato do intervalo. Uníssonos, quartas, quintas e oitavas podem ser diminutas, puras ou aumentadas. Segundas, terças, sextas e sétimas podem ser menores, maiores, diminutas ou aumentadas. Um intervalo menor é aquele um semitom menor que o intervalo maior. Um intervalo diminuto é um semitom menor que um intervalo puro ou menor, e um intervalo aumentado é um semitom maior que um intervalo puro ou maior.
Acidentes modificam o tamanho de intervalos. O intervalo se torma um semitom maior se você adicionar um sustenido à nota mais alta ou um bemol à nota mais baixa. E ele se torna um semitom menor se você adicionar um bemol à nota mais alta ou um sustenido à nota mais baixa. Nas seções seguintes a nomenclatura dos intervalos será mostrada com mais detalhes.
Segundas são fácil de reconhecer: as duas notas são vizinhas na pauta. Uma nota está na linha, e outra está no espaço acima ou abaixo. Uma segunda menor tem um passo de semitom. Uma segunda maior tem dois passos de semitom (um tom).
Para aprender a identificar segundas, você tem que aprender primeiro quais segundas estão entre os tons naturais. Como pode se ver em Figura 3.1, só os intervalos Mi-Fá e Si-Dó são segundas menores. O resto são intervalos maiores. Você pode verificar que Figura 3.1 está correto olhando para o piano. Você verá que não existem teclas pretas entre Mi e Fá e entre Si e Dó.
Se a segunda tem acidentes, então temos que examiná-los para saber como eles mudam o tamanho do intervalo. Vamos identificar alguns poucos intervalos!
Nós removemos o acidente do intervalo em Figura 3.2 e veja que o intervalo Fá-Sol é uma segunda maior. Quando adicionamos o bemol à maior nota, o intervalo se torna um semitom menor, ou seja, torna-se uma segunda menor.
Nós removemos os acidentes, e veja que o intervalo Lá-Si é uma segunda maior. Você ainda se lembra de Figura 3.1, não? Então nós adicionamos um bemol ao Lá, e o intervalo se torna uma segunda aumentada. E quando adicionamos o bemol ao Si, o intervalo se torna uma segunda maior.
Nós removemos os acidentes, e veja que o intervalo Mi-Fá é uma segunda menor. Quando adicionamos o bemol à nota mais baixa, o intervalo se torna um semitom maior, ou seja, torna-se uma segunda maior. E quando adicionamos um sustenido à nota mais alta, o intervalo se torna um semitom maior, ou seja, torna-se uma segunda aumentada.
Uma terça menor é uma segunda menor e uma segunda maior, ou seja, três semitons. Uma terça maior são duas segundas maiores, ou seja, quatro semitons. Figura 3.5 mostra as terças entre todas as notas naturais. Você deve memorizar os intervalos maiores, Dó-Mi, Fá-Lá e Sol-Si. Então você saberá que os outros quatro intervalos são menores.
Então você examina os acidentes para ver se eles mudam o nome específico. Isto é feito exatamente do mesmo modo como para as segundas.
Uma quarta pura tem 2½ passos, ou duas segundas maiores e uma segunda menor. Figura 3.6 mostra todas as quartas entre notas naturais. Você deve memorizar que a quarta Fá-Si é aumentada, e que as outras seis são puras.
Uma quinta pura tem 3½ passos, ou três segundas maiores e uma segunda menor. Figura 3.7 mostra todas as quintas entre notas naturais. Você deve lembrar que todos esses intervalos são puros, exceto Si-Fá, que é diminuta.
Se um intervalo tem acidentes, então devemos examiná-los para ver como eles mudam o tamanho do intervalo. Uma quinta diminuta é um semitom menor que um intervalo puro, e uma quinta aumentada é um semitom maior. Abaixo você encontra alguns exemplos:
Nós lembramos de Figura 3.7 que o intervalo Si-Fá é uma quinta diminuta. A nota mais baixa em Figura 3.8 é precedida de um bemol que faz do intervalo um semitom maior e o muda de quinta diminuta para pura.
Nós sabemos de Figura 3.7 que o intervalo Mi-Si é uma quinta perfeita. Em Figura 3.9 o Mi tem um bemol a sua frente, tornando o intervalo aumentado. Mas o Si é precedido de um dobrado bemol que faz do intervalo dois semitons menor e o muda para uma quinta diminuta.
Sextas são mais facilmente identificadas por inversão de intervalos e identificação da terça. Então as seguintes regras se aplicam:
Se a terça é diminuta, então a sexta é aumentada
Se a terça é menor, então a sexta é maior
Se a terça é maior, então a sexta é menor
Se a terça é aumentada, então a sexta é diminuta
Se você achar a inversão de intervalos difícil, então você pode memorizar que os intervalos Mi-Dó e Si-Sol são menores. Os outros quatro são maiores. Então você examina os acidentes para ver se eles mudam o nome específico. Isto é feito exatamente como para as segundas.
Sétimas são identificadas do mesmo modo como sextas. Quando você inverte uma sétima, obtém uma segunda.
Se você achar a inversão de intervalos difícil, então você pode memorizar que os intervalos Dó-Si e Fá-Mi são maiores. Os outros cinco são menores. Então você examina os acidentes para ver se eles mudam o nome específico. Isto é feito exatamente como para as segundas.